quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

O Alto da Boa Vista

Falar do Alto da Boa Vista sem citar a Floresta da Tijuca não é tarefa fácil, os dois se confundem e são referências ambientais mundialmente conhecidas. Mas como já existe ampla difusão em diversos veículos de informação a respeito da floresta (fauna, flora, área de abrangência, sensibilização ambiental, ameaças etc.) vamos citar aqui, sobre o bairro propriamente dito, somente as suas particularidades. 
Bucólico seria uma palavra injusta para caracterizar o local, embora próxima da realidade, em função de sua calma habitual em todos os sentidos no que diz respeito a clima.

Uma palavra que mesclasse entre o poético e o provinciano seria a definição mais próxima de sua personalidade, de suas ladeiras curtas, de seu silêncio infinito, atmosfera leve e sons da mata sempre próximos e ao nosso redor.

Carlos Drummond de Andrade, em um de seus poemas, lembra que para se andar pelas ruas de Ouro Preto é preciso ter entrega de turista, de estar aberto a todas as visões e observações de uma cidade que representa um espaço de tempo.

Da mesma maneira, andar pelas ruas do Alto requer um certo sentimento de observação, de sensibilidade urbana voltada para a presença da mata e sentidos atentos a seus sinais vitais, pulsantes de todas as maneiras, de todas as suas cores, de todos os tons de cinza em seus dias nublados enevoados, em suas nascentes e em seus bebedouros. Requer uma entrega aos próprios sentimentos da alma local e a uma magia quase imperceptível em cada pedra no meio do caminho.



Dicas:
Na praça Afonso Vizeu - Altitude 350 metros em relação ao nível do mar: 
Bar da Pracinha - O "Bauru" é super bem servido e o chope bastante razoável. Para as crianças o "banana split" é sempre bem aceito. No inverno o fondue é muito procurado. No verão as crianças brincam na praça durante o chope dos pais. O garçom Gilberto (Gil) é referência. Substituiu o Galo quando este se aposentou.
La Gare - Inaugurado há pouco tempo, é aconchegante e tem música ao vivo, com bom ambiente. Destaque para a carta de vinhos. Peça para visitar a adega.

Dentro da floresta: 
Bar da Cascatinha: Ao lado da Cascata Taunay, com chope e petiscos diversos. 
Restaurantes "A Floresta" e "Os Esquilos": em lugares distintos da floresta, destaque para "Os Esquilos" pela arquitetura. Os três estabelecimentos obedecem ao horário de visitação do parque - Das 08:00 às 18:00 h.
Passeios:
Vale Encantado
Antigamente era conhecido como Taquara da Tijuca (está no morro da Taquara - não confundir com Taquara, de Jacarepaguá). Acesso pela estrada da paz, ao lado do colégio Santa Marcelina. Ao final da estrada, de aproximadamente 5 km, chega-se à Praça Martins Leão, onde fica localizada a Capela Santo Cristo dos Milagres e um mirante com belíssimo visual para a Barra da Tijuca. Em dias claros visualiza-se até o Pontal.


Mirante Bela Vista - 500 metros de altitude - aproximadamente 3 km de asfalto em bom estado. Acesso pela rua Amado Nervo, a primeira à esquerda depois da praça do Alto, de quem vem da Tijuca, e primeira à direita para quem vem da Barra, depois do "Postinho" (posto de gasolina). Ótimo visual da zona norte e Baía de Guanabara, Maracanã etc. Nos dias mais claros é possível visualizar até a Serra dos Órgãos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário